Eventos de uma certa aula...

Iniciamos nossa aula-debate com a participação de Patrícia e Janete explorando o texto "Poder, Política cultural, discurso ao campo do Currículo", de Alice Casemiro Lopez, Elizabeth Macedo e comentários de Mariza Morraber.
Foram definidas diversas classificações de culturas, que dentre elas, podemos citar a cultura erudita, a cultura de raça e autocultura.
Pudemos perceber que a pedagogia cultural nos dá ideia de que a coordenação e a regulação das pessoas não se dão apenas nas Escolas, mas em todos os locais de cultura onde o poder se organiza e se exercita. Programas de TV, livros, revistas, sites de relacionamento, etc. são espaços que educam e praticam pedagogias que moldam nossa cultura e formam nossa identidade à medida que envolvem nosso desejo, capturam nossa imaginação e vão construindo nossa consciência.
A seguir, nosso colega Marcos Antônio fez comentários sobre o texto "Conhecimentos escolares e a circularidade entre culturas", elaborando inicialmente um paralelo entre cultura popular e cultura erudita, sendo a primeira classificada como original e autônoma e a segunda como uma cultura mais elaborada e mais importante.
Marcos também menciona a cultura escolar, destacando que cada Escola tem a sua própria cultura.
Na discussão sobre currículo, observamos que este é uma linguagem dotada de significados, imagens, etc. e é na forma linguística que o currículo se faz. Na maneira com que o professor se organiza, prepara suas atividades, trata seus colegas, etc.  legitima o currículo escolar.
Numa agradável pausa entre nossas atividades, comemoramos juntos o aniversário da colega Ana Carolina ao sabor de um delicioso bolo e com uma surpresa inesperada: a visita de seu filho Rafael e um coleguinha.
Num segundo momento, Rafael Paixão expõe: "Sentidos e dilemas do multiculturalismo. Desafios curriculares para o nosso milênio" de Ana Kanen.
No multiculturalismo agregam-se as culturas e a cidadania multicultural. Devemos evitar o radicalismo e dogmatismo pela capacidade de congelar o sujeito no direito de perceber o outro.
Rafael destaca que o currículo não é um artefato neutro, nem apolítico, muito pelo contrário,  critica a verdade única e expõe que a ciência também não é neutra, necessitando ser mais aberta a todos.
A maioria dos dos currículos são formalizados por "pessoas de gabinete", sem presenciar o dia-a-dia escolar e sem reconhecer quem é o sujeito do currículo. Numa última análise, Rafael comenta sobre as desigualdades educacionais, onde mulheres, índios e negros são marginalizados e não conseguem nem sequer estudar.
Nos momentos finais para descontração, ouvimos a poesia " A inútil filosofia", de Fernando Pessoa(1986) e ainda Rafael nos relata a sua tragicomédia a qual gostaria de intitulá-la: " Carne-duraXdenta-dura no apoio cultural: Superbonder".
Encerramos essa proveitosa aula com muitos sorrisos...

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