Dia do Amigo

Não importa se vc é um cara animal...
...ou se entrega a preguiça...



...se é intelectual...

...ou criativo...

...se é muito vaidoso...

...ou é bom de boca...

...se é companheiro...

...se gosta mesmo é de estar com a galera!
...se identifica com os animais...

...e gosta de um papo cabeça!

...compartilha muitos (e inesperados) momentos...

...se gosta de rir e fazer graça...

...se é forte e notável...

...se possui muitas habilidades...
...se tem talento...

...se adora um cochilo...
 
...se gosta de um carinho...

...mas as vezes prefere ficar só...
...se é uma pessoa calma...
...ou meio estressado...
 
...não importa como vc é...
...vc já me ganhou...
...adoro essa carinha...
...te escolhi entre as mais belas flores...
 ... e suas atitudes eu tento compreender...
Afinal somos amigos...
...e eu GOSTO MUITO  DE VOCÊ!
FELIZ DIA DO AMIGO!!! 


     

 

             

Memorial. "Tendências Contemporâneas de Currículo"

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS


PAULO SERGIO DE OLIVEIRA





TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DE CURRÍCULO





Memorial apresentado ao Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências durante as aulas de Tendências Contemporâneas de Currículo – ECI 209, da Professora Doutora Rita de Cássia Magalhães Trindade Stano na UNIFEI  Universidade Federal de Itajubá.






ITAJUBÁ
2011




À Professora Rita Stano, que tanto nos engrandeceu pelas constantes referências sempre em prol da Educação.




AGRADECIMENTOS


A Deus,

A Professora Rita Stano,

À minha esposa Lucy,

Aos meus filhos: Guilherme, Anna Carolina e Bárbara

Aos meus colegas de sala:

Ana Carolina,
Ângela,
Antônio Marcos,
Janet,
Kleber,
Patrícia e
Rafael Paixão,

com os quais aprendi e me diverti bastante a cada dia durante o todo curso,





“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”
Paulo Freire.

SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO                                                              

1.      QUANDO TUDO COMEÇOU                                      

2.      MOMENTOS DE REFLEXÃO                                      

3.      A CONSTRUÇÃO DOS BLOGS                                  

4.      CONSIDERAÇÕES FINAIS                                        

5.      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                                                                                  




APRESENTAÇÃO




O presente memorial se refere às aulas de Tendência Contemporâneas de Currículo, matéria constante do curso de Mestrado Profissional de Ensino de Ciências da Universidade Federal de Itajubá, UNIFEI e, magistralmente ministradas pela professora doutora Rita de Cássia Magalhães Trindade Stano.
O texto aborda os fatos mais importantes ocorridos em nossas aulas, dividido em itens os quais você leitor poderá conhecer um pouco de nossa trajetória, ao longo desse primeiro semestre de 2011.


  1.    . QUANDO TUDO COMEÇOU:

Era uma sexta feira, tarde de março de 2011 quando eu e alguns colegas seguimos rumo a um prédio branco, com umas janelas redondas, mais parecidas com escotilhas. Subimos por uma escadaria esquisita, de ferro, vazada e pintada de azul ao terceiro andar do prédio que ora ficamos conhecendo pelo seu apelido: “Titanic”.
Já passavam das treze horas quando eu e os colegas presentes conhecemos a professora Rita Stano. Lembro-me que ela estava trajando um vestido e reclamou daquela esquisita escadaria. Esse foi nosso primeiro contato.
Após se apresentar e falar um pouco de sua disciplina, pediu que nos apresentasse para nos conhecermos melhor. Pensei comigo: O que será que teremos de novo? O que será que aprenderemos? Currículo eu já sei fazer! Será que ficaremos todo o tempo montando nosso currículo vitae? E assim por diante.
Nossa professora propôs a leitura e uma reflexão sobre a poesia “Não entendo o espanto” e cada um de nós pode fazer uma pequena intervenção em algum trecho daquela poesia, fazendo uma relação entre aquele momento e nossas buscas. Ainda naquela aula recebemos o Plano de Curso com as propostas de trabalho da disciplina Achei aquela, uma aula emocionante e envolvente, no entanto, não sabia que transformaria tanto a minha caminhada.


NÃO ENTENDO O ESPANTO

Adivinhe onde eu ando?
                                                                                          Há um tempo procuro e não sei.
Não entendo o teu espanto
Adivinhe o que escondo?
Já é tempo de tudo dizer, se eu caio ou se levanto.


Eu sou tolo assim
Como tudo que escapou de mim
Ao passar de meus anos
                               Sou louco assim.
Como tudo que é estranho em ti:
Tua força e teu pranto.

Adivinhe o que planto?
                                                                                                    Sementes de tudo que sei.

Ao pesar meus enganos
Eu mudei os meus planos.
                                                                                                                 Já é tempo de tudo saber.

Como se dói um tombo

E eu ainda te estranho e ainda me engano
Porque o caminho é longo
E eu não me importo onde ando.

Trago aqui pedaços de tudo que vivi
Se eu ainda te espanto
Vou seguir a estrada que há muito parti
E levar-te em meus sonhos.

Adivinhe onde eu ando?
Adivinhe onde eu escondo?
Adivinhe o que planto?
Bem eu... Mudei meus planos

Pedaços...                                                                                                      Trago aqui.



                                          
  1.      MOMENTOS DE REFLEXÃO:


A partir do nosso segundo encontro, ficamos maravilhados com as explicações, e conhecimentos de causa demonstrados pela nossa professora Rita durante suas aulas. Debatemos muito sobre Educação, Currículo, alguns pensadores notáveis e suas teorias.
Rita nos fez compreender as propostas curriculares oficiais de forma contextualizada, entendendo melhor o processo de construção e definição dos currículos oficiais.
Alguns pontos importantes das primeiras aulas:
. A teoria curricular pode ser analisada com base em dois grandes eixos: Concepções tradicionais de currículos (as conservadoras) e as concepções críticas. Essas concepções de currículo evidenciam posicionamentos filosóficos, isto é, a forma de cada Educador ver e pensar o mundo, o homem, a educação, a escola,...
. Tomamos conhecimento sobre o pensamento de Sacristán (1998) sobre currículo, que nos dá ideia de regular e controlar a distribuição do conhecimento, segundo uma ordem. Papel regulador da ação educativa mesmo  que interpretável e flexível.
. No Brasil, o “Enfoque Tecnicista” com ênfase na construção científica de um currículo que desenvolvesse os aspectos da personalidade adulta, considerados “desejáveis”, especificamente Dos objetivos e seus conteúdos.
. Já nos Estados Unidos, o papel da Escola tratava da homogeneização cultural, alicerçada nos princípios da administração empresarial, considerada científica e com sucesso comprovado.
. Na relação Educação X Sociedade, devemos adaptar a escola e o currículo à ordem capitalista baseados em ordem, racionalidade e eficiência.
. Final dos anos 60 e em 70: Estados Unidos e Inglaterra inauguram a “Teoria crítica” cujos objetivos eram de construir uma escola e um currículo afinado com os interesses dos grupos oprimidos.
. Através de Santos e Paraíso (1996) pudemos entender as diferenças entre currículo formal, currículo oficial e currículo oculto.
. Por Basil Bernsteim entendemos a forma de organização e transmissão do conhecimento escolar e suas relações com as formas dominantes de poder e de controle social presentes na sociedade.
. Estudando currículo com base ideológica, Rita mostrou-nos o pensamento de Karl Marx enfocando que ideologia e discurso justificador que tem como objetivo a manutenção de certa ordem, num sentido superficial, com interesses específicos ligados à classe dominante.
. Ao falarmos de ideologia, foi proposto que assistíssemos ao filme “A onda” e que cada um fizesse sua resenha.

Pensando num conforto melhor para nós alunos, a professora Rita nos ofereceu a sua sala, como o novo local para suas aulas. Ela disse que, porém, se nós não gostássemos do local, poderíamos voltar à sala antiga. Todos adoraram o novo espaço, pois o lugar era muito acolhedor e confortável.
No dia 8 de abril, ao chegarmos à aula, fizemos vários comentários sobre uma tragédia ocorrida em uma escola do bairro Realengo, no Rio de Janeiro. Os jornais noticiavam que:                          
Wellington
“(...) Um homem de 23 anos entrou em uma escola municipal na Zona Oeste do Rio na manhã desta quinta-feira (7) atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Segundo o diretor do hospital para onde as vítimas foram levadas, 11 crianças morreram (10 meninas e 1 menino) e 13 ficaram feridas (10 meninas e 3 meninos). As crianças têm idades entre 12 e 14 anos.
Segundo autoridades, o nome do atirador é Wellington Menezes de Oliveira e ele é ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, onde foi o ataque. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.
Ficamos horrorizados com o fato e a professora nos perguntou: Que sentido a escola teve para esse aluno?



  1.       A CONSTRUÇÃO DOS BLOGS:

A professora Rita pediu para que todos nós construíssemos um blog para que nele pudéssemos postar todas as nossas atividades extraclasses e sugeriu que formássemos uma rede de saber, onde todos pudessem visualizar os textos dos blogs e postar os seus comentários. Rita nos apresentou: “Esquinas e Pensares”. Um blog cheio de idéias, poesias, homenagens e textos relatando os acontecimentos da semana no Brasil.
 Com a ajuda do nosso colega Rafael Paixão, aos poucos cada um foi construindo o seu blog, cada qual com suas particularidades, fazendo dali um lugar de belas reflexões, e belos textos, que a princípio nem eu acreditava que fôssemos capazes de deixá-los tão bonitos.
Recebemos muitos elogios da professora a respeito de nossas postagens e os exóticos designs.
As fotos a seguir nos dão uma ideia de como nos saímos nessa nossa nova empreitada:



Em mais uma aula surpreendente, Rita nos apresentou, via Youtube, a palestra de Chimamanda Ngozi Adichie, 31, que nasceu na Nigéria e vive nos Estados Unidos desde 1996. Filha de um professor universitário, Chimamanda foi aluna brilhante, graduando-se com nota máxima, fez mestrado e atualmente é doutoranda em Yale. Assistimos e comentamos bastante a respeito de sua  palestra intitulada: “O PERIGO DE UMA HISTÓRIA ÚNICA”.
Durante todo o curso, tivemos a oportunidade de ler, resenhar e discutir vários textos que dentre eles, destaco:
  •       A educação jesuítica e o período pombalino (Paulo);
  •       O currículo e sua complexidade (Ângela);
  •       Pedagogia do oprimido versus pedagogia dos conteúdos (Patrícia);
  •       Contra a concepção técnica – os reconceptualistas (Kleber);
  •       Currículo em construção social e a Nova Sociologia da Educação – NSE (Janet);
  •       Quem escondeu o currículo oculto? (Ana Carolina)
  •       Onde a crítica começa: ideologia, reprodução e resistência (Rafael) e
  •       Currículo como coleção (Antônio Marcos).
OBS.: A professora Rita, juntamente com o professor Giovane mantém um programa semanal intitulado “Conversa de Professor” pela Radio Universitária da UNIFEI, onde recebem professores convidados para um agradável bate-papo.  Entre vários assuntos, debatem a respeito da experiência profissional do convidado. Tive a honra de poder fazer parte desse programa e poder falar aos ouvintes sobre um pouco de minhas experiências e de meu currículo profissional.

No dia 20 de maio, discutimos mais um vídeo do Youtube: Professora Amanda Gurgel faz um depoimento emocionante resumindo o quadro da Educação no Brasil. A educadora fala sobre condições precárias de trabalho nas escolas estaduais do Rio Grande do Norte.
Notamos que a professora Rita ficou chocada ao saber dos colegas que existem escolas, principalmente aqui em Itajubá, onde o professor é proibido de lanchar, e nem sequer poder usar o fogão da escola para esquentar sua merenda.
Além de estudarmos bastante, pudemos dividir muitos momentos agradáveis, discutindo fatos do cotidiano, sempre os relacionando com o currículo, como o caso da prisão dos bombeiros do Rio de Janeiro, pelos seus próprios colegas do batalhão do BOPE. E comemoramos também o meu aniversário e o de Ana Carolina.
 . Numa de nossas aulas, a professora Rita distribuiu uma folha com duas figuras cada, para que preparássemos um texto envolvendo a figura com currículo e o sentido de currículo como coleção. Vários alunos receberam a folha com as mesmas figuras e, no entanto, cada um conseguiu retratar sua visão de uma forma diferenciada, tornando aquele trabalho muito rico e diversificado.
A seguir, exemplo das figuras escolhidas pela professora:



 


4. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Escrever este memorial foi tão emocionante quanto às aulas que tivemos com a nossa querida professora Rita. A cada momento que escrevia, vinha a minha mente cada uma daquelas aulas e os fatos ocorridos durante o curso.
Posso dizer que cresci bastante no meu entendimento sobre currículo, sobre seus tipos e seus autores mais importantes. Percebi também a preocupação da professora em sempre nos manter unidos e afiados em relação aos textos. Muitas tarefas nos foram passadas, e acho que conseguimos dar conta de tudo, conforme ela nos pedia. Ganhamos algumas revistas e alguns livros como: “Utilização da tecnologia em EAD na formação dos engenheiros de produção da Universidade Federal de Itajubá: uma avaliação”, de Eliana de Fátima Souza Salomom Benfatti e Desafios da gestão orientada pelo conhecimento em organizações inseridas em ambiente universitário: O caso da empresa júnior” de Catarina Maria da Costa, ambos da Editora PREMIER.
Se eu não tivesse me matriculado nessa disciplina, talvez nunca tivesse descoberto esse meu lado de “postador” de textos, poesias e vídeos dentro de um espaço virtual ímpar como o blog. Gostaria de deixar aqui a minha gratidão a todos que de alguma forma puderam contribuir para o meu crescimento como pessoa e como profissional da educação.
A você leitor o presenteio com uma poesia:

Primeiro sonhamos... depois, dormimos.

Ouvi isso hoje. Veio de uma música que Maria Gadú canta (ou declama?). E fiquei pensando nos sonhos que vêm antes do adormecer. Dos sonhos que nos mantém acordados. E é por eles que a vigília acontece e perdura, em instantes muitos de esperança, de tentativas, de erros, de buscas. Sim, sonhamos para manter a vida inteira-plena borbulhando em dores, em prazeres, em alegrias e em amores. Só após tanta vigília, tanta atenção nesse viver em sonhos que ousamos fechar os olhos. E dormimos para garantir o intervalo necessário aos sonhos. Para que eles se recuperem de nós e sobrevivam a nós e continuem sempre sonhados. Dormir, então é apenas uma forma de deixarmos nossos sonhos quietos, apaziguados por algumas horas. E quando abrimos os olhos, estão lá, os sonhos. Sonhos nos chamando para a lida diária de vivê-los. Primeiro sonhamos... e depois, dormimos.
Por Rita Stano, em março de 2011.

5.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

APPLE, Michael W. Educação e poder. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
APPLE, Michael W. – Ideologia e Currículo – São Paulo, Ed Brasiliense, 1982.
COSTA, Marisa. Vorraber (org). O currículo nos limiares do contemporâneo. Rio de     Janeiro: DP&A, 2001.
FORQUIN, J. C. Escola e Cultura, As bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar (1987), Porto Alegre, Artes Médicas. 1993.
FREIRE, Paulo. A educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais. Porto Alegre: Artes Médicas.
SACRISTÁN, J. Gimeno – O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre. Artes Médicas, 1998.
SILVA, Tomaz Tadeu Da. (org) Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 1995.

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CURRÍCULO COMO COLEÇÃO

Segundo o Dicionário Aurélio, currículo é a parte de um curso literário, ou matérias constantes de um determinado curso. Pelo que temos discutido neste semestre, podemos ser capazes de entender que currículo é muito mais do que isto. Na realidade, entendemos que currículo seja uma coleção de situações, fatos e atos, que envolvam toda uma classe. No caso da instituição escolar, o currículo deve estar contido no Projeto Político Pedagógico da Escola, através do qual procuramos ferramentar sua prática em teorias que nos dê a possibilidade de desenvolver o fazer pedagógico. Assim, de modo que não haja simplesmente uma reprodução de ideologias contidas num currículo pronto, fechado e acabado, faz-se necessário que a instituição mantenha sempre acesa a chama da discussão, objetivando a busca de um currículo capaz de atender, na sua essência, todos os envolvidos, através de uma coleção de temas, procedimentos metodológicos e avaliativos para uma educação libertadora e igualitária; características fundantes de currículo.
Desta maneira, um currículo deve objetivar-se na preparação para uma competência política capaz de desvelar as injustiças e afirmar políticas justas, na forma de uma prática reflexiva, consciente e voltada para o bem social. O currículo deve oferecer oportunidades a professores e alunos (sujeitos) de analisar os problemas cotidianos, dando a eles significado. A prática pedagógica do professor dentro de uma perspectiva voltada para a ação-reflexão-ação do ato pedagógico, faz com que ambos os sujeitos possam interagir numa dialética que envolva o saber ser, o saber fazer, numa forma dinâmica e recíproca.
Uma ação pedagógica voltada não para o que ensinar, delineada pela teoria tradicional de currículo, mas sim de como ensinar, é a busca de procedimentos metodológicos que garantam uma maior apreensão e domínio do conteúdo de ensino, proporcionando um espaço democrático e participativo em sala de aula.
Numa teoria pós critica de currículo, devemos buscar identificar e analisar o significado, ou seja, o que é considerado verdadeiro em termos de conhecimento e o porquê da sua prática, alicerçados sobre o eixo liberal ou humanista, defendendo idéias de tolerância, respeito e convivência harmoniosa entre as culturas.


Paulo Sergio de Oliveira, maio de 2011.

Tudo que não invento é falso.

Manoel de Barros

Tudo que não invento é falso!

Talvez seja porque na verdade não conhecemos, reconhecemos. Quando você não se reconhece na coisa, essa coisa não se coloca como existente pra você. Questão ontológica. Não lógica.

( Rodrigo A.)

Descarte o que não está funcionando na sua vida. Todos nós temos a possibilidade de nos reconstruirmos, a cada momento. Viva o presente e procure fazer de cada dia um dia produtivo.

Lembre-se: as mudanças microscópicas irão se somando e produzirão a grande transformação. Valorize cada passo do caminho, mantenha o coração agradecido e confie.

Acredite que pode e tome posse do seu poder interior.( Maurício)

Qual sua opinião? Comente ai embaixo.

Traduzir-se

ir-se
Uma parte de mim é todo mundo:
outra parte é ninguém:
mundo sem fundo.


Uma parte de mim é multidão:
outra parte estranheza e solidão. 

Uma parte de mim pesa, pondera:
outra parte delira. 

Uma parte de mim almoça e janta:
outra parte  se espanta. 

Uma parte de mim é permanente:
outra parte se sabe de repente.

Uma parte de mim é só vertigem:
outra parte, linguagem.

Traduzir uma parte na outra parte
– que é uma questão de vida ou morte -
será arte?

( Ferreira Gullar )

Desvanecer

Algo está fora do lugar. Sinto. Meu coração bate em ritmo descompassado. Sentimentos alados me despertencendo. Me reduzindo a um único pulsar. Reduzindo me ao nada. Limitando-me a só o que sinto e não o que sou. Desagregando meu corpo e meu coração. Já não me sinto. Só pressinto a lassidão. Uma grande extenuação de me ser. De ser o que eu não quero ser, sentir o que eu não quero sentir. Mas é irremissível. Não consigo não fazê-lo. Meus olhos cerrados sentem meu coração esgarçado, contrito. Estupefacto.
Vou sorvendo essa dor. Degustando-a. Desgastando-me. Desvanecendo.

( Por Monalisa Macedo)

O CURRÍCULO COMO PROJETO POLÍTICO

O termo político relaciona-se ao sentido de exercer a política de cuidar do que é público, ter habilidade no trato das relações humanas, bem governar.
Politizar na escola e consequentemente no seu currículo é inculcar aos seus alunos e demais membros que a constitui a consciência dos direitos e deveres dos cidadãos. A ação política promove a concentração de pessoas ao redor de ideais, é essencialmente democrática.
Segundo Aristóteles, “o homem é um ser político”, portanto, todas as suas ações se dão de forma intencional e nas relações sociais. A educação sendo uma construção humana e ocorrendo nas relações sociais de forma intencional, passa a ser um ato político. A educação engendra desde sua gênese uma contradição histórica em sua práxis, com interesses antagônicos construídos e desenvolvidos nas relações sociais do meio onde a escola está inserida.
Para Paulo Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa levar as parcelas  desfavorecidas da sociedade a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação e da sua emancipação .
A educação lida, fundamentalmente, com o conhecimento que é produzido e apropriado nas relações humanas vitais, no processo de trabalho. É, pois, imprescindível, ao se analisar qualquer uma das dimensões possíveis da educação, ter em conta a unidade do conhecimento humano, inserindo‑o no processo de formação do indivíduo e de sua objetivação como gênero humano.
Ao discutir o dilema entre a compatibilidade do socialismo com a democracia, Tonet (1997)  levanta algumas discordâncias em relação ao sentido e o caminho da superação da democracia, dentre as quais destaca a sua discordância quanto ao conceito de socialismo.
Não só existiam os tais elementos “substantivos” (socialistas), mas nem sequer existiam os elementos substantivos capitalistas suficientemente desenvolvidos para permitir  a instauração da democracia.(Tonet, 1997:151).
Com isto, aponta que a categoria fundamental na definição do socialismo é a liberdade porém, não a liberdade em geral e tampouco a liberdade expressa pela democracia e pela cidadania. Ao contrário,  é a liberdade plena que deve ser a categoria essencial nesta definição.
A tese de Tonet, nos leva ao caminho do desenvolvimento de relações sociais que visem a desalienação na relação homen-natureza, ou seja, no sentido trabalho enquanto a dimensão social fundante do ser social, o trabalho desalienado como um dos meios para a busca da emancipação humana.
Tonet (1997:173) destaca que, a emancipação humana é afirmada por Marx como o horizonte máximo da humanidade, sendo aquele que expressa e possibilita a efetiva liberdade.